Realizado na cidade de Marília entre os dias 06 e 09 de Junho o ERPJ 2012 foi mais um grande momento para a Pastoral da Juventude do Regional Sul 1 (que corresponde ao estado de São Paulo), com participação de 150 delegados de todas as 8 Sub Regiões do estado. O evento teve como tema “Pastoral da Juventude, testemunho e esperança” e como lema “Do chão da nossa história, alimentamos nossos sonhos e fortalecemos nosso compromisso”.
Os trabalhos se iniciaram dividindo os delegados e as delegadas em comunidades, para discutirem os eixos: Pastoral, Política, Desenvolvimento Integral, Território, Vida Digna e Qualidade de Vida. Foi uma análise da conjuntura que nasceu da percepção dos jovens e motivada pelos facilitadores de cada grupo. Os frutos de cada comunidade foram especiais e desafiadores para a Pastoral da Juventude diante de tantas realidades adversas, em que é necessário estar presente e manter diálogo permanente. A partir desses trabalhos os jovens apresentaram as discussões realizadas no grupo em plenária.
Na quinta-feira os delegados e as delegadas celebraram o Ofício Divino das Comunidades com a liturgia de Corpus Christi. Os pejoteiros se concentraram no pátio do Colégio Cristo Rei, onde foi realizado o encontro, e saíram em caminhada até a capela para celebrarem. Sendo dia de Corpus Christi, o tapete para o Cristo presente passar foi construído com as bandeiras e camisas de tantos grupos de jovens representados no ERPJ.
Durante o ERPJ foi dado o início as comemorações aos 40 anos de Pastoral da Juventude no Regional Sul 1, data a ser celebrada em 2013. Uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, despida de seu manto,irá percorrer as dioceses do regional, para que os pejoteiros escrevam em retalhos de panos os sonhos da juventude, esses sonhos serão costurados e formarão seu manto. Este caminho se dará até a próxima Romaria da Juventude, dia 8 de setembro de 2013, em Aparecida do Norte.
Refletindo o chão da nossa história o encontro foi uma aula de vida e testemunho com Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, que hoje mora em Belo Horizonte. "Dom Zumbi", apelido que ganhou de Dom Pedro Casaldáliga, tem 94 anos desses 70 anos de sacerdócio e 54 de episcopado. Falou aos delegados sobre os 50 anos do Concílio Vaticano 2º, o qual fez parte das sessões de sua construção, abordando as mudanças que foram feitas através deste que influenciaram, e influenciam até hoje, a nossa Igreja.
A partir dessa realidade os jovens tiveram uma roda de conversa com representantes de Pastorais Sociais para conhecer a realidade de outros trabalhos da nossa Igreja. Estiveram presentes nesse momento representantes da Comissão Pastoral da Terra, Comunidades Eclesiais de Base, Pastoral Carcerária, Pastoral da Juventude Rural e CEBI (Centro de Estudos Bíblicos). Cada representante iniciou sua fala explicando sobre os trabalhos que cada movimento e pastoral realiza, após esse momento foi aberto para os jovens indagarem os palestrantes sobre dúvidas e dificuldades da caminhada.
A partir das orientações do Concílio Vaticano 2º, que começou a ser feito á 50 anos, do testemunho de vida apresentado por Dom José Maria Pires e da prática insistente das Pastorais, como a Pastoral da Juventude, poderia desanimar? Que linha seria dada ao seu trabalho? É o que se discutiu no momento onde os delegados foram conduzidos a trabalhos por sub-regiões, a proposta foi refletir as realidades locais a partir dos eixos espiritualidade, ação, organização e formação.
O assessor nacional da PJ, Padre Edinho, assessorou esse momento, “Não podemos nos basear apenas nos documentos da PJ, precisamos é compreender a realidade juvenil, que não é universal, mantendo sempre o olhar teológico, tendo a certeza que nada é padrão, pois tem coisas que dá certo aqui e não dá lá.Como motivar e como fazer um trabalho melhor em nas Sub Regiões e Dioceses a partir dos questionamentos, provocações e de tudo que foi vivido durante o encontro? Ler a realidade é pensar a realidade de Deus, do pobre, e o caminho que este pobre percorre. A realidade da juventude é a parcela do povo de Deus que nos cabe, e a PJ tem que ser, e é, a fronteira da Igreja com a realidade que temos que dialogar. Temos um papel fundamental nesta perspectiva”, expos padre Edinho na volta dos trabalhos em grupo.
O dia foi encerrado com uma linda celebração dos Mártires com Dom Zumbi, com uma mística encantadora e forte foi trazido à memória a vida doada de tantos mártires da caminhada. Dom Zumbi disse que a exemplo do Cristo, nosso primeiro e maior mártir, que já passou por todo esse sofrimento, precisamos ser capaz de, pela não violência, tocar o coração. Assumir uma espiritualidade da não violência, que não quer dizer acomodar, mas agradar o coração de quem nos maltrata. “É sair em missão, abrindo o caminho para que eles conheçam o Cristo, nos tornando, também com a oração, os verdadeiros discípulos e missionários de Cristo”.
O último dia do ERPJ foi de missões, onde os jovens puderam estar com o próximo, viver e sentir sua realidade, o espirito de discípulos e discípulas. A partir das 5 horas da manhã os delegados e as delegadas seguiram em viagem para diversas cidades das dioceses do Sub de Botucatu. Esse momento garantiu vivências especiais em comunidades, aldeias e assentamentos. Os participantes passaram o dia todo em missão: almoçaram, jantaram e dormiram com as famílias. Depois do dia de missão todos seguirão direto desses locais para a 18ª Romaria da Juventude do Regional Sul 1 em Presidente Prudente.
A semente foi lançada, com a certeza de germinar e dar muitos frutos. Marília, toda sua comunidade diocesana, jovens, pastorais, organismos e voluntários, fizeram acontecer. Proporcionaram um grande encontro, uma grande acolhida, uma grande festa de união, partilha e esperança. A Coordenação Regional juntamente com a Comissão Regional de Assessores agradece ao empenho e dedicação de todos os envolvidos em todo o processo de preparação e durante o encontro.
Teias da Comunicação - Regional Sul 1
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