Uma multidão de cores e de sotaques. Jovens falando em espanhol, guarani e português. Mais de 50 jovens, além de bispos e assessores (entre padres, religiosas e leigos), começaram, neste domingo, o XVII Encontro Latino-americano de Responsáveis Nacionais de Pastoral Juvenil na cidade paraguaia de Ypacarai, a cerca de 40 km da capital.
Com o tema “O que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos” (1Jo 1,3), os participantes se puseram dispostos a refletir e construir a Civilização do Amor, no contexto da Missão Continental proposta na Conferência de Aparecida em 2007. O evento vai até a próxima sexta-feira (26).
Magdalena Andrea é uma dessas jovens. Ela veio representando Curaçao, país caribenho que participa pela primeira vez de um encontro da pastoral juvenil da América Latina. “Espero que o encontro possa fortalecer e ajudar a trazer estabilidade ao trabalho da equipe de Pastoral Juvenil de Willemstad”, disse. A diocese é a única do país e inclui as ilhas de Aruba, Bon Aire, Curaçao, San Martín, Saba e San Eustacia.
Para o boliviano Franz Veizaga, o encontro traz grandes esperanças de que todos os jovens líderes possam chegar aos objetivos. “Esperamos que o projeto de revitalização vá se firmando, com os trabalhos produzidos aqui”. Ele participa da organização dos trabalhos e, desde 2010, coordena a pastoral juvenil da Região Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru).
Segundo Franz, a revitalização da pastoral juvenil na Bolívia já está acontecendo. Prova disso foi o II Congresso de Pastoral Juvenil que o país celebrou no início do ano a partir das diretrizes do caminho de revitalização e do projeto da Civilização do Amor.
Caminho pastoral
Dom Mariano Parra, bispo responsável pela Comissão da Família dos países andinos, fez o percurso da pastoral juvenil, desde a inquietude inicial de como viver as propostas do Concílio Vaticano II na realidade latino-americana.
Pelo caminho das conferências episcopais de Medellín (Colômbia) , Puebla (México), Santo Domingo (República Dominicana) e Aparecida (Brasil), ele apresentou como a Igreja no subcontinente foi amadurecendo a opção preferencial pelos jovens ao longo dos anos. “Nosso processo nasceu do Vaticano II e é dinâmico, crescendo a partir do método ver-discernir-agir-revisar-celebrar”, afirmou.
Os objetivos do encontro, segundo o padre nicaraguense Augusto Ríos, são iluminar o processo de revitalização juvenil a partir da etapa de conversão a partir da proposta da Civilização do Amor. O caminho de conversão, iniciado em 2009, tem orientado os trabalhos da Pastoral Juvenil em todos os países da América Latina, em um processo de escuta dos jovens para impulsionar a vivência da Civilização do Amor.
Para conhecer mais o processo de revitalização da Pastoral Juvenil, clique neste link: http://www.pjlatino.redejuventude.org.br/claj
Partilhas
Durante todo o primeiro dia, os participantes foram convidados a formarem comunidades, como os primeiros discípulos de Cristo, e partilharem a vida e a caminhada pastoral. “Foi muito produtivo, pudemos compartilhar nossas vidas e ouvir os demais”, disse Magdalena Andrea.
A missa de abertura teve jovens representantes de 21 dos 22 países que fazem parte do Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), apenas o Haiti não mandou representante. Ao total, 14 bispos, incluído o núncio paraguaio participaram da celebração, presidida pelo cardeal norte-americano Theodore Edgar Mc Carrick, arcebispo emérito de Washington (EUA) e membro do secretariado da conferência episcopal norte-americana para a América Latina.
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