segunda-feira, 20 de agosto de 2012

No Bote Fé Porto Velho, os jovens se prontificam para a missão

Bote Fé Porto Velho
Entre os dias 16 e 19 de agosto, coincidindo com o aniversário de um ano da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri, a Cruz dos Jovens e o Ícone de Nossa Senhora foram acolhidos calorosamente por um povo missionário, que vive numa terra de missão: Porto Velho, capital de Rondônia. Ali, foram levados aos que estão presos, aos que estão enfermos, e a toda a juventude.


Os Símbolos chegaram à cidade pelo aeroporto, vindos de Lábrea, no Amazonas, e foram montados pelo próprio arcebispo, Dom Esmeraldo Barreto. Em seguida, foram ao encontro da juventude em dois barcos, navegando pelo caudaloso Rio Madeira, e aportaram no local mais marcante da história de Rondônia: o cais da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Ali, foram recebidos por centenas de jovens e depois seguiram em carreata, a Cruz num caminhão dos bombeiros e o Ícone num caminhão do Exército, até a Catedral do Sagrado Coração de Jesus.

Na catedral, Dom Esmeraldo celebrou a missa e a partir daí os jovens ficaram em vigília com os Símbolos da JMJ até as 23h.

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No dia seguinte, a partir das 7h, movimentos e pastorais se revezaram fazendo momentos de oração. No final da manhã, a Cruz e o Ícone foram levados à Penitenciária Feminina de Porto Velho, onde foram acolhidos de forma emocionada pelas detentas. Usando suas próprias roupas, elas fizeram um tapete para os símbolos, na forma de uma cruz. Duas delas carregavam bebês nascidos dentro da prisão. A pastoral carcerária fez uma reflexão sobre a importância de Cruz e Dom Esmeraldo consolou-as e animou-as à conversão. Em seguida, abençoou-as e aspergiu todas elas e todas as celas com água benta.


Enfermos
À tarde, a Cruz e o Ícone foram levados ao Hospital de Base, do Exército, e ao ginásio do colégio Santa Marcelina, onde foi celebrada uma missa. Depois seguiram para o santuário arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida, onde permaneceram até a noite.


Na manhã de sábado, os Símbolos foram para a igreja de São José Operário, onde várias paróquias se revezaram para celebrar o Ofício Divino da Juventude. No começo da tarde, foram ao encontro dos enfermos no hospital público Pronto Socorro João Paulo II, que atende apenas casos de alto risco e está sobrecarregado, com muito mais pacientes do que leitos.

Ao chegar ao hospital, os jovens cantaram e o padre Leonardo, da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, clamou por melhores condições de vida e de saúde para a população, e avisou que os corruptos só se salvarão se devolverem os recursos públicos que desviaram. Depois, ele chamou os funcionários do pronto socorro e os enfermos para que se aproximassem e tocassem na Cruz e no Ícone.


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Por fim, carregada por alguns jovens, a Cruz adentrou o hospital e percorreu os corredores, onde várias pessoas doentes e feridas estavam espalhadas em macas e colchonetes. Todos foram abençoados por Dom Esmeraldo. Um dos enfermeiros, católico, disse que a visita dos Símbolos foi um novo estímulo ao seu trabalho, feito em condições tão difíceis.


A Cruz e o Ícone voltaram, em seguida, à Catedral, diante da qual foi celebrada a missa de envio presidida por Dom Esmeraldo e concelebrada por Dom Moacyr Grechi e Dom Antonio Possamai, eméritos de Porto Velho e Ji-Paraná (RO), além de vários padres. Antes da missa começar, dois jovens leram um manifesto declarando a adesão da juventude aos valores da Igreja, à luta pela vida, à Campanha da Fraternidade, e sua prontidão para atender ao chamado missionário da Jornada Mundial da Juventude: emocionados, todos ergueram os braços diante do altar e bradaram em uníssono: “Eis-nos aqui! Envia-nos!”.

Depois da missa, foi o momento de comemorar com o show Bote Fé. As bandas Chamas, toda formada por irmãs paulinas; Vida Reluz, uma das precursoras na música católica no Brasil; e o DJ Marcelo Bassani agitaram a galera até o final da noite.
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No domingo, logo cedo, a Cruz e o Ícone deixaram Porto Velho e seguiram em carreata para Ariquemes, cidade que integra a arquidiocese. Ao longo do caminho, serão visitados povoados, além de uma casa de recuperação de dependentes químicos. De Ariquemes, os Símbolos partirão para a Diocese de Guajará-Mirim, localizada na fronteira com a Bolívia.

Por Moisés Nazário, Vitor Daumas e Lucas Monteiro



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