Um novo marco no acesso dos jovens cristãos à sagrada escritura foi conquistado em 28 de junho pela fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS): a organização chegou aos 50 milhões de exemplares publicados da Bíblia da Criança, lançada em 1979.
O livro, disponível em 172 idiomas, é vastamente empregado em áreas de primeira evangelização. Em alguns lugares remotos, é o primeiro ou um dos poucos livros publicados na língua local.
Maria Zurowski, chefe da pastoral familiar da AIS, declara: “Para milhões de pessoas, a Bíblia da Criança tem um valor imenso, porque está no idioma nativo delas, na língua em que os leitores aprenderam a rezar. Para milhares de pessoas, a Bíblia da Criança é o primeiro livro que elas pegam na mão. Muitas vezes, essa pequena bíblia é o único livro que a família possui”.
O número 50 milhões da Bíblia da Criança foi publicado na língua umbundu, falada em Angola. O umbundu é usado pelo grupo étnico ovimbundu, que vive na área central e na faixa costeira a oeste das terras altas do país. Zurowski reforça a grande importância de apoiar a Igreja em Angola, país que ainda está se recuperando da devastadora guerra civil encerrada em 2002.
Em 2012, mais de um milhão de exemplares da Bíblia da Criança deverão ser impressos em 23 línguas, incluindo, pela primeira vez, o kikuyu, o luo e o pokot , três das mais de cinquenta línguas regionais que coexistem no Quênia, junto com as línguas oficiais do país, o suaíle e o inglês.
Zurowski relata: “Um bispo do Quênia me comentou uma vez por que é tão importante ter uma bíblia nas línguas locais. São as línguas em que as pessoas choram e rezam”.
A Bíblia da Criança contém histórias fundamentais e textos das sagradas escrituras em linguagem acessível para as crianças. Foi escrita originalmente em alemão pela teóloga Eleonore Beck, com ilustrações da religiosa Miren Sorne.
A ideia original é do fundador da AIS, padre Werenfried van Straaten, e responde ao apelo do beato João Paulo II de oferecer a Palavra de Deus aos mais frágeis do nosso mundo, em particular às crianças. Os destinatários são pessoas “tão pobres que não conseguem sequer comprar um livro”, em palavras do sacerdote.
Em janeiro de 1979, no início do Ano Internacional da Criança das Nações Unidas, o padre van Straaten distribuiu as primeiras cópias na Terceira Assembleia Geral dos Bispos Latino-Americanos, celebrada em Puebla, no México, com a participação do papa João Paulo II.
Fonte: Zenit.org
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