O padre Caetano Caon, da diocese de Vacaria (RS), escreveu algumas poesias sobre o 3º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e reuniu mais de 600 delegados de todo o Brasil e do exterior.
Um apaixonado pela dimensão missionária, padre Caetano, em entrevista, revelou que se não pudesse ser padre missionário na Amazônia, não valeria a pena ter sido ordenado. “Quando eu era criança, tinha 13 anos, já queria ser padre, mas, somente se pudesse ser padre missionário da Amazônia”, relevou. Foi enviado pela primeira vez à região em 1984, pelo então bispo da diocese de Vacaria, dom Henrique Gelain. De lá para cá nunca mais deixou a missão. Anualmente desenvolve trabalhos missionários e leva outros missionários.
O sacerdote de Vacaria vai todos os anos a Amazônia conviver com o povo, aprender, rezar juntos. Ele é o padre referencial do Conselho Missionário Diocesano (Comidi) da diocese Vacaria há 10 anos. Sobre as poesias, ele diz que escreve desde a adolescência e recita um trecho de um poema de seu primeiro livro, “Poesia e poemas, Amazônia e missões”, publicado em 2002, para falar de seu amor às missões e a Amazônia. “Desde jovem que amo as missões, na Amazônia dos sonhos meus, e que busco este Reino bendito, dos amores e sonhos de Deus”.
Leia abaixo os poemas do padre Caetano, escritos especialmente sobre o 3º Congresso Missionário Nacional
Há uma cidade lá no Cerrado,
com águas azuis ao lado
e com o lindo nome de Palmas.
seu povo, forte e moreno,
é amável como o sereno no coração e nas almas!
O 3º Congresso Nacional
aos missionários, em especial
nos desafiou à missão:
para buscarmos, cada vez mais,
das choupanas às catedrais,
evangelizar com o coração!
O ambiente, qualificado.
O auditório, bem ventilado,
Como convém por aqui.
As palestras e mutirões,
Liturgias e Celebrações
Foram belezas que eu vi!
Os 600 participantes,
Saímos bem mais confiantes
Na força que a Palavra tem,
No mistério do Deus que passa,
E que deixa o sinal de sua graça pelos continentes também!
Ser missionário!
Ser missionário é ser pessoa itinerante,
Indo pertinho ou mesmo bem distante
Como em sua vida andou Jesus.
É andar caminhos e distâncias desafiantes
Como nunca alguém já andou antes,
E como andaram os discípulos de Emaús!
A Igreja é missionária!
A Igreja, missionária por natureza,
E aqui partilhou a riqueza
De um Brasil missionário.
Há povos que pedem a ação,
Dos pés que vêm e que vão e dos joelhos ante o sacrário!
A missão
A missão é estrela que brilha.
É caminho, é encontro e partilha.
É envio e poema de amor.
É martírio que o sangue oferece,
Na mais missionária das preces,
Já vividas por Nosso Senhor!
A missão para ser exitosa,
Nos exige oração vigorosa
E uma sólida vida interior.
Ela encanta, transforma, sublima
E realmente nos aproxima
Do Missionário do amo!
Deus é feliz e Ele dá felicidade
A todo aquele que se abre à verdade
Com singeleza de coração.
Que acolhe a Palavra de Deus,
Que busca o reino dos céus
Com novo ardor e paixão!
O Evangelho é mistério de graça,
Que além das culturas passa,
Pelos caminhos do coração,
De todo aquele que crê
E daquele que ainda não vê,
As maravilhas da salvação!
Concluindo!
Foram lindos os horizontes,
De onde brotaram as fontes
Do novo e atual da missão.
Desafios e apelos surgiram,
E os missionários melhor sentiram
O potencial da Evangelização!
Por tudo isto somos delegados agradecidos com gratidão missionária.
A gratidão é jóia preciosa.
É como o perfume da rosa,
E como a beleza da flor.
Neste país missionário,
Seguindo no itinerário,
Dos missionários do amor!
Padre Caetano Caon, diocese de Vacaria (RS)
Do 3º Congresso Missionário Nacional. Palmas – Tocantins.
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