O nome “Alice”, segundo alguns linguistas, é de origem grega e significa “marinha”; assim são chamados também certos peixinhos. Na mitologia pagã chamou-se Alice uma das ninfas, e precisamente a ninfa marinha, uma Ondina. Mas na hagiografia cristã, Alice é conhecida com o nome germânico de Adelaide. Uma primeira Adelaide, ou Alice, é festejada a 5 de fevereiro, abadessa de Willich, na Alemanha. Outra, é festejada a 24 de agosto, irmã de santo Edmundo de Cantuária, e governou, no século XIII, o mosteiro de Catesby, na Inglaterra.
A santa de hoje é também chamada Aleida ou Alida. Nasceu perto de Bruxelas no início do século XIII e demonstrou, desde pequena, uma inteligência perspicaz e um espírito decidido. Aos 7 anos de idade foi admitida na abadia beneditina de Cambre, na Bélgica, onde surpreendeu a todos por sua espiritualidade e ardente piedade. Apesar da pouca idade entregou-se à oração e à meditação e começou a viver o milagre de uma vida santificada.
Entretanto contraiu, também precocemente, a temida e inexorável lepra, doença que espalhava o medo devido ao perigo do contágio. Ninguém ousava se aproximar de um leproso e Alice, que por estar num mosteiro já vivia segregada do mundo, foi “duplamente” segregada: rigorosamente isolada do resto da comunidade, passou a viver enclausurada num sótão.
Esta foi a grande provação que Deus pediu a Alice e à qual ela respondeu com amor, aceitação e humildade. Suas dores foram sempre consoladas e aliviadas por sua profunda devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que ela amou com adoração muito antes que sua devoção fosse adotada e propagada pela Igreja. Padeceu durante anos, perdeu a visão e seus membros da monja escamavam sob a ação da terrível doença: mas Alice fez de seus sofrimentos uma oferta a Deus pelo bem dos outros e pela conversão dos pecadores.
Em 1249 recebeu a Unção dos Enfermos e viveu mais um ano em agonia até ser arrebatada por Deus a 11 de junho de 1250.
A Igreja também celebra hoje os santos: Getúlio, Itamar, Luciliano.
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