Como encarar as novas gerações, qual linguagem usar e que maneira de falar. A professora de jornalismo digital na Universidade de São Paulo (USP) Elizabeth Saad (@bethsaad) fez um perfil da chamada Geração Y, jovens nascidos na década de 80 até o ano 2000 – entre 12 e 32 anos atualmente -, para ver como deve ser a atuação do jovem comunicador em relação a esse grupo e aos ainda mais jovens.
Ela falou no sábado à tarde durante o seminário “Jovens Católicos: comunicação que transforma vidas”, organizado pelas Comissões Episcopais de Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Segundo Elizabeth Saad, não há uma receita pronta para lidar com esses jovens, já que o relacionamento depende de cada ambiente e circunstância. “O que a internet traz é a libertação e quebra de conceitos e limites. Isso acaba diluindo um pouco as características das gerações anteriores”, disse. Ela contou, porém, que é necessária muita paciência e firmeza por parte das lideranças para se relacionar com esses jovens.
Durante sua fala, a professora fez uma retrospectiva desde a geração dos baby boomers, nascidos no pós-2a Guerra Mundial, até a próxima geração, os jovens de 2020 que são chamados de Geração C por suas características – conectada, comunicativa, centrada, consumista e comunitária.
A preocupação para os comunicadores, segundo Elizabeth Saad, deve ser a Geração Z, os filhos da Geração Y, alfabetizados com a internet. “São aceleradíssimos, leem pouco, zapeiam muito e fazem tudo ao mesmo tempo: TV, internet, celular. São preocupados com o corpo, não fumam e são vorazes consumidores de tecnologia”.
Perfis Digigráficos
A internet não afeta as diferentes gerações da mesma forma. A partir dessa tese, a agência de publicidade fez um estudo do consumo e da vivência da rede de diferentes tipos de pessoas. Esse estudo dos chamados Perfis Digigráficos foi apresentado pela professora ao final de sua palestra.
Existem, segundo o estudo, cinco diferentes perfis de uso das novas tecnologias:. Imersos, com identidade definida a partir da tecnologia;. Ferramentados: recorrem à tecnologia para agilizar as tarefas, mas não a idolatram;. Fascinados: querem parecer modernos e tecnológicos, preocupados com a imagem pública;. Emparelhados: a tecnologia é fundamental para por em pratica os projetos da vida;. Evoluídos: crianças e adolescentes, não conheceram o mundo pré-digital.
Confira aqui a palestra da dra. Elizabeth Saad
Real e virtual
O coordenador da Rede Salesiana de Comunicação, padre Gildásio Mendes dos Santos (SDB), falou logo após a dra. Elizabeth e tratou sobre a dicotomia entre os mundos real e virtual. Segundo ele, essa diferenciaçãol já está superada e eles são apenas os dois lados de uma mesma moeda. “A internet é um ecossistema e nossa vida está lá dentro”, disse.
Durante sua fala, padre Gildásio lembrou que todas as representações e significados são elaborados na mente. Desse modo, o mundo virtual não é algo novo na história da humanidade, mas algo com que se convive há muito tempo.
“Precisamos ser jovens conectados e solidários, discipulados, comunitários, organizados, articulados, engajados, compromissados, missionários, todos saibamos navegar juntos, sendo jovens comunicadores conectados”, convidou o responsável pela comunicação salesiana no Brasil.
Com informações do Canção Nova Notícias
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