quarta-feira, 18 de abril de 2012

A JMJ como um ar pejoteiro

Postagem do Dia 18/04/2012



Caminhar sempre foi uma marca forte dentro da Pastoral da Juventude. Há a memória bíblica da caminhada do povo de Deus para a Terra Prometida e há a associação deste peregrinar com a nossa luta diária, cercada de desafios, alegrias, tropeços e sonhos. 


Da mesma maneira que o povo da Bíblia, nós também não caminhamos para qualquer lado, como se fôssemos baratas tontas. Pejoteiros bem formados caminham com o olhar para um horizonte, com objetivos e metas concretas. Não andam por andar. E por onde passam, deixam suas marcas, as pegadas de suas histórias para servir de guia ou indicativos para quem vem depois.

Estamos às vésperas de uma nova peregrinação. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude. Este ano ela acontecerá em Madri no mês de agosto. Reunirá centenas de milhares de jovens. Entre estes, muitos jovens da Pastoral da Juventude.

E como o povo da PJ não parte para uma peregrinação, para uma nova caminhada sem a devida preparação, quero fazer lembrança de alguns pontos que, creio, são importantes serem considerados para esta jornada:

Não considere a semana que você estará em Madri como o término ou ponto alto de uma preparação. A JMJ é um evento importante para reafirmar sua fé em Jesus Cristo e também nosso jeito de fazer pastoral. Contribui demais também o fato de saber que existem muitas formas diferentes de seguir a proposta de Jesus. A JMJ é um marco, mas o ponto alto é quando você volta para sua realidade e ajuda na propagação da proposta de Jesus no meio em que você vive. 

A JMJ não é um encontro com o Papa. É um encontro onde o Papa estará. O foco é o encontro com Jesus e sua proposta. Isto não diminui a figura do pontífice. É um sinal de que a Igreja quer que a juventude seja portadora desta novidade de Jesus.
Esteja aberto à experiência e ao contato com diferentes culturas. E não se esqueça de partilhar nosso jeito latino-americano e pejoteiro de ser e de viver.

Há experiências dentro da Igreja que podem causar estranheza pela forma, pelo conteúdo ou pela maneira de envolvimento. Estas experiências podem aparecer em alguns momentos da sua vivência da JMJ. Olhe para isto e relembre que nem todos entendem a nossa vivência pejoteira. Então, em primeiro lugar, cabe o respeito e o não julgamento destas experiências. 

Nossa experiência privilegia o contato pessoal e o trabalho em pequenos grupos. Por isto, se lá você puder partilhar com outros jovens a prática e o jeito de ser da PJ, como forma de “encontro com Deus, de compromisso com a verdade e a justiça, de avanço na caridade” (citado em http://is.gd/p9l0tC) já teve uma excelente experiência. 

E não se esqueça, viva intensamente a experiência de estar lá. É algo que pode ser único e irrepetível. Mas a vida continua aqui e precisa ser enriquecida com aquilo que você viveu, aprendeu e experimentou por lá.

E aproveito para lançar outras duas lembranças já ditas anteriormente aqui no blog 
Trabalhar com as multidões de jovens é algo bonito, mas se não for pensado um caminho metodológico para atingi-los, penso que é uma prática não muito alinhada com os nossos princípios. Os jovens acabam sendo justamente isso: massa. E na multidão você é um anônimo, não há lugar para protagonistas.

Fazer eventos de massa só pelo número, para aparecer, fazer notícia não é atitude pejoteira. Há outras maneiras de se aproximar dos jovens que não conhecem nosso jeito de trabalhar e nem a proposta de Jesus. Contudo, se estes eventos grandes forem grandes celebrações, com jovens conscientes do porquê estão ali, é algo fantástico. É ação pejoteira.

Boa Jornada Mundial da Juventude para quem estará lá. Estaremos rezando por vocês e esperando boas notícias e bons frutos a serem colhidos.

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