quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cachoeira do Indio Nosso Bem Maior

Com esse tema,  centenas de pessoas participaram, no último sábado às 14h, de uma manifestação pública em defesa da cachoeira do rio do Índio, partindo da Igreja Matriz de São Tomé até a Estrada Indianópolis, no ponto mais próximo do rio.

Sobre a ponte na travessia de São Tome para o município vizinho, os manifestantes se posicionaram sobre o vão de 50 metros e bloquearam a estrada nos dois sentidos. Discursos e canto do hino nacional e do município também ocorreram na manifestação.
O protesto partiu das igrejas, sindicatos, órgãos municipais de agricultura e meio ambiente, que mobilizaram a população e forneceram transporte aos participantes.
O motivo da manifestação é a defesa da cachoeira, uma das belezas naturais de São Tomé, que pode estar com os dias contados, ameaçada pela construção de uma pequena central hidrelétrica (PCH) no leito do rio. Os moradores temem pelo fim do maior cartão postal natural do município tem, caso seja construída a usina.
Há informação de que o volume de água no rio pode ser reduzido em até 70%, para o represamento, que também deve alagar áreas pantanosas além de mais de cinco alqueires de mata nativas, que ficarão submersos na represa. Lideranças defendem que animais e peixes necessários ao equilíbrio ecológico também estariam ameaçados.
À frente da caminhada, o padre Luiz Cesar invocou as entidades presentes e a população para a necessidade de proteger a vida, “pois a construção desta PCH, assim como outras pelo Brasil, beneficiam a poucos que pensam apenas nos lucros, aumentando sua riqueza patrimonial e destruindo o meio ambiente em que vivemos”, disse.
“Outro objetivo é o domínio das águas, bem maior do povo. No momento em que tiverem o domínio deste patrimônio natural, nada mais faltará para a destruição de nossa fauna, de nossa flora, e de nosso meio ambiente. É por isso que chamamos a população para que venha impedir a destruição da Cachoeira dos Índios, nosso bem maior”, destacou o pároco.
Recentemente, mediante manifestações contrárias à hidroelétrica, com intuito de provocar uma discussão maior sobre o tema, o prefeito Léo Hernandes encaminhou mensagem para a Câmara tornando a cachoeira patrimônio ambiental de São Tomé. Diante de um plenário lotado por populares, o projeto foi aprovado por unanimidade entre os vereadores.


Descontentamento

Participando da caminhada ecológica, o prefeito Léo Hernandes ressaltou a importância da união em defesa da causa. “Não sou eu nem o pastor ou o padre que vamos impedir a construção desta PCH, mas a pressão popular mostra o descontentamento com o projeto, que trará benefícios a poucos. Por isso contamos com a colaboração de todos, inclusive o apoio do padre, que se colocou à disposição para ajudar, já que São Tomé não tem nada a ganhar com a construção desta usina, apenas a perder, já que a arrecadação de impostos incidirá para Indianópolis, já é lá que ficará a parte industrial do projeto, fonte geradora dos tributos”, acrescentou.

Fonte: www.tribunadecianorte.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Estamos com um grupo no Facebook para apoiar a comunidade na luta pela preservação da cachoeira e rio dos Índios.
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